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Última modificação: 23/11/2016

O principal motivador para a identificação do potencial de mercado de aerogeradores de pequeno porte no Brasil está nas recentes transformações do setor de geração distribuída promovido pela Resolução Aneel nº 482/2012. Ao classificar a fonte eólica como uma opção de geração descentralizada, a resolução representa o primeiro passo para o desenvolvimento de um ambiente favorável para a consolidação de um mercado específico para aerogeradores de pequeno porte.  A Figura 1 ilustra as dimensões de um aerogerador de pequeno porte em relação a um gerador de grande porte.

Dimensões de um aerogerador de pequeno porte em relação a um gerador de grande porte de 3 MW
Figura 1 - Dimensões de um aerogerador de pequeno porte em relação a um gerador de grande porte de 3 MW- Adaptado de (RENEWABLEUK, 2010)

Uma vez que a resolução apresenta características singulares quando comparada aos principais incentivos aplicados no mundo para geração descentralizada, constatou-se que o crescimento do uso das fontes participantes é realizado de forma diferencial. Nota-se, através do registro de projetos participantes na Aneel, um grande desbalanceamento do número de projetos e potência total instalada das fontes solar fotovoltaica e eólica. Mesmo representando 1,2% da potencia total dos projetos participantes da Resolução Aneel nº 428/2012 (Aneel, 2014), projetos eólicos de pequeno porte para geração descentralizada representa um mercado muito incipiente, mas de grande potencial de crescimento.

A diversificação das fontes na geração distribuída mostra-se como uma importante estratégia para a expansão de pequenos projetos em fontes renováveis. Esta estratégia possibilita, em longo prazo, o fortalecimento da segurança energética a partir do usuário final que passa a ser, também, uma unidade geradora de energia elétrica. A potencialidade do cenário onde consumidor possa também ser uma unidade geradora de energia elétrica reflete em impactos significativos nas perspectivas de redução de emissões. A evolução tecnológica, a redução de preço de equipamentos e as perspectivas de crescimento das tarifas de energia elétrica são fatores que fortalecem a potencialidade do mercado de aerogeradores de pequeno porte no Brasil mesmo que no horizonte de longo prazo.

Entendendo que a potencialidade do segmento existe e que medidas de incentivos podem ser fomentadas em curto prazo, qualquer ação no sentido de acelerar o desenvolvimento do setor deve ser avaliada, também, sob os diversos pontos de vista dos agentes envolvidos.

Entendendo que a visão do potencial consumidor final[1] é fundamental para conhecimento das potencialidades do mercado de aerogeradores de pequeno porte para geração domiciliar, neste contexto foi desenvolvido um breve questionário com o objetivo de identificar suas principais motivações de interesse de compra, principais barreiras de mercado, disposição a pagar, entre outros fatores que afetam o crescimento do mercado.

 


[1] Estudos complementares estão sendo desenvolvidos, em conjunto, com o objetivo de capturar a percepção de mercado dos outros agentes da cadeia produtiva, sendo: empresas de aerogeradores de pequeno porte e não-produtores (concessionárias de energia, universidades, centros de pesquisa, associações de classe etc)