Segundo ARVIZU et. al. (2011) dados de custos de CSP são limitados e altamente dependentes de características de cada planta, como a existência ou não de armazenamento de calor (e a capacidade de armazenamento), e de hibridização (e qual a participação desta na geração total da planta).
Os sistemas de armazenamento de calor aumentam os custos de investimento, não apenas em função dos equipamentos e fluidos necessários para o armazenamento, mas também por demandarem maior área de coletores para absorver o calor adicional. Em contrapartida, aumentam o fator de capacidade da planta e elevam a produção anual, impactando assim no custo nivelado da energia.
Os custos de investimento de plantas CSP de cilindro parabólicos, de acordo com EIA (2010), estão em torno de 3,82 USD/kW instalado para plantas sem armazenamento e 7,65 USD/kW para plantas com armazenamento.
De acordo com ARVIZU et. al. (2011) o custo nivelado em 2009 de uma planta CSP de cilindros parabólicos com armazenamento com capacidade para funcionar sem sol a plena carga durante 6 horas era em torno de 200,00 a 300,00 USD/MWh. EIA (2010) estima custo nivelado para diferentes taxas de desconto, de 180,00 a 270,00 USD/MWh para variadas radiações e capacidades de armazenamento, porém sem especificá-las (vide Figura 27).
Figura 27 – (a) Custo nivelado em função do FC e do custo de investimento;
(b) Custo nivelado em função do FC e da taxa de desconto.
(Fonte: ARVIZU et al., 2011)
O Ministério de Minas e Energia, através de nota técnica da EPE (2012), considera os custos das tecnologias CSP ainda incompatíveis com o mercado elétrico brasileiro e, portanto, não faz projeções de entrada de plantas CSP no curto prazo na matriz nacional.
Entretanto, o governo dos Estados Unidos ao investir em P&D e incentivar os empreendimentos de CSP, traçou, através do seu departamento de energia (DOE, 2011), metas de redução do custo nivelado das plantas CSP:
- de 60 a 80 USD/MWh, com 6 horas de armazenamento, em 2015;
- de 50 a 60 USD/MWh, com 12 a 17 horas de armazenamento, em 2020.
Para ARVIZU et. al. (2011) a queda dos custos de CSP não é meramente uma questão de tempo e afirma que ainda são necessários investimentos em P&D (acarretando em curvas de aprendizado), economias de escala devido ao crescimento do mercado e menores custos de acesso ao capital. Ao considerar essas medidas (vide Figura 28), ARVIZU et. al. (2011) estima reduções dos custos nivelados em relação aos custos atuais (2012) de:
- 5 a 30% em 2015;
- 35 a 50% em 2020;
- 40 a 55% em 2025.
Figura 28 – Expectativas de queda no custo nivelado de CSP em função de economias de escala, aprimoramento da tecnologia e ganhos de eficiência.
(Fonte: ARVIZU et al., 2011)
Outros estudos também apontam perspectivas de avanços tecnológicos e de queda nos custos, como FTHENAKIS et. al. (2009) que estima custos nivelados de 170 USD/MWh em 2015 e 130 USD/MWh em 2020 para plantas CSP que operem no pico e 80 USD/MWh em 2020 para plantas com grande capacidade de armazenamento e, portanto, capazes de operar na base do sistema. VIEBAHN et. al. (2011) faz simulações para casos específicos na Espanha e na Argélia e estima que os custos nivelados em 2050 podem atingir faixas de 42 a 57 euros/MWh.